domingo, 10 de fevereiro de 2013

Um verão com muitos insetos...

Com as chuvas de verão, muitos insetos surgem por aqui. É difícil andar pelo sítio sem ser atacado por um monte de "borrachudos". As mosquinhas das frutas, então, estão por todas as partes e, embora pequenas têm uma mordida muito incômoda. 

Infelizmente, por aqui também aparecem os perigosos mosquitos Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Olha só um que eu peguei me picando e fiquei torcendo para este não estar contaminado (melhor dizendo, "esta", já que são as fêmeas deste inseto que nos picam).





Nesta época do ano, os mosquitos Aedes aegypti se multiplicam e o País investe em políticas de combate ao seu aparecimento e de extermínio da espécie. Qualquer local que pode armazenar água de chuva é um risco para sua proliferação e é importante fazermos a nossa parte, eliminando locais que possam acumular água, como lixeiras abertas, caixas d'águas destampadas, vasos de plantas entre tantos outros tipos de recipientes. Morar em um sítio, que tem em torno de umas 200 árvores, dificulta este controle: folhas de árvores, buracos nos troncos, bromélias, bambus, são potenciais criadores para esta espécie, que coloca seus ovos em água limpa parada. Uma fêmea contaminada pode transmitir a doença para suas crias, sendo que, cada fêmea pode colocar entre 150 a 200 ovos por vez. Para auxiliarmos no combate da proliferação deste inseto em ambientes naturais, é necessário lembrarmos que temos importantes aliados: os predadores do mosquito como as aranhas, os sapos, as rãs e as lagartixas, felizmente, todos eles, ainda presentes por aqui. 




Quem aparece  também com as chuvas são as tanajuras, formigas gigantes que nesta época  do ano saem do formigueiro para se acasalarem. 




É lógico que acabam se tornando presas fáceis de animais como os bem-te-vi, que fazem voos incríveis na captura deste inseto. As fêmeas aladas desta espécie de saúva também são caçadas por pessoas que as apreciam em pratos culinário. Sejam fritas, assadas, em farofas: esta formiga é uma iguaria apreciada na mesa de muitos brasileiros. Eu nunca experimentei, mas dizem que seu gosto se assemelha aos frutos do mar. Sua carne tem alto valor proteico, já que o seu avantajado abdômen está cheio de ovas que darão origem a um novo formigueiro. 


Nos últimos dias, uma espécie de lagarta branca invadiu o terreno. 




Elas estão por toda a parte: no chão, nas árvores, subindo em muros, paredes... Por incrível que pareça, voam no ar levadas pelo vento e, por vezes, literalmente caem sobre a gente! Isso é indício de descontrole ambiental. Tenho observado que as aves pelo terreiro estão cada vez mais escassas...




Outro problema são os pelos desta taturana branca, que em contato com a pele sapecam, provocando queimaduras. Evitar tocá-las tem sido um desafio com tantas delas por aqui...

Esta outra taturana, que se parece com um bichinho de pelúcia, embora bonita também é perigosa. Suas cerdas em contato com a pele liberam uma toxina, que provoca muita dor. Melhor apreciar à distância.





Logo, logo, perigosas e fascinantes taturanas se transformarão em encantadoras e, geralmente, inofensivas mariposas. 





Quem costuma não assustar ninguém são as joaninhas. Ao contrário, quando avistadas causam fascínio pela beleza das vivas cores de suas asas. Muitas pessoas se permitem até pegá-las, deixando-as passear sobre suas peles. Esta espécie de joaninha alaranjada sem pintinhas, muito frequente por aqui, é a Cycloneda sanguinea. As manchas negras sobre as áreas brancas em sua cabeça têm a aparência de enormes olhos, deixando esta joaninha ainda mais simpática.




Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo/MG, 2013).





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