terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Paz e Meio Ambiente

Paz envolve a relação com o meio ambiente. Ela se constrói pelo respeito: ao outro, à diversidade, ao direito pelo bem-estar, à vida. Implica olhar para além de si.

Com esse ideal, de construirmos um olhar para o mundo com olhos da Paz, que, neste ano, um dos temas de intervenção no NAPSI é a sensibilização ambiental. Focarmos em cada um o quão valoroso ele é.

Olhar ambiental envolve pessoas, espécies de nossa fauna e flora, elementos da natureza como rios, lagoas, cenários entre tantos...

É interessante quando nos propomos a olhar para o outro. No meio ambiente, por exemplo, observarmos os animais e plantas que nos cerca tem uma resposta imediata e surpreendente. Aos poucos, cada espécie vai ganhando nome. Aves deixam de ser chamadas de “passarinhos” para serem reconhecidas como bem-te-vi, suiriri, neinei... E assim, vamos compondo história que vai além de nossa própria história e o nosso olhar se permite novas apreensões.



Uma das vertentes do programa de sensibilização ambiental:




Sensibilização ecológica por meio da arte é ação no NAPSI em 2012.




Projeto Sarzedo Ecologia: Neste ano, mães e avós de crianças atendidas no NAPSI estão desenvolvendo nas oficinas de artesanato composições artísticas que irão representar espécies da fauna e flora de Sarzedo.


Na primeira fase do projeto, integrantes de nossa rica biodiversidade como tucanuçu, o tiziu, o periquito-de-encontro-amarelo, o periquitão-maracanã, o sabiá-barranqueiro, o ipê-amarelo, a paineira-rosa e muitos ouros serão representados através da técnica de pintura e de decoupage em camisetas, panos de prato e sacolas ecológicas.


Já nessa etapa inicial, o projeto tem proporcionado resultados muito positivos, possibilitando a troca de informações sobre as espécies existentes em nosso município. Nesse diálogo, fomos contempladas com a fotografia de um tucano-de-bico-preto (Ramphastus vitelinus), tirada no bairro Serra Azul por uma das integrantes da oficina, Teresa Fátima da Silva, que autorizou a divulgação dessa imagem para que todos possam apreciá-lo. Contou-nos que ficou muito surpresa quando esse tucano pousou perto dela e permaneceu por algum tempo no galho, dando-lhe a oportunidade de registrá-lo através da câmera do celular.

Belíssima foto! Parabéns por eternizar esse momento!





Mais fotos!




Outra surpresa foi a fotografia que nossa monitora psicossocial, Célia, tirou ontem, em Bom Jardim: uma arara canindé (Arara ararauna). Ela já tinha várias vezes mencionado que, vez ou outra, via essa espécie de arara sobrevoando a região. Pedi, então, que tentasse fotografá-la e, ontem, já anoitecendo, conseguiu, finalmente, fotografar essa ave tão linda, que pousou em cima da grade de uma caminhonete.




Fonte: http://www.porumasociedadedapaz.blogspot.com/



Fotografias: Teresa Fátima da Silva (Tucano-de-bico-preto) e Célia Ferreira Campos (Arara canindé)


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Borboleta Arawacus aetolus

Borboletas da família Lycaenidae, subfamília Teclinae. Achei muito interessante esses apêndices que ela possui no final de suas asas inferiores: ficam balançando como se fossem antenas.











 


Referências bibliográficas

 

Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG).

Borboleta-rainha (Danaus gilippus)

Ontem, fotografei essa borboleta, que escolhia, dentre as plantas na região, os pincéis-de-estudante para pousar. Trata-se da borboleta-rainha, Danaus gilippus,  espécie da família Nimphalidae, subfamília Danainae (a mesma das borboletas-monarcas).












Danaus gilippus fotografada no dia 10/06/2012 na mesma região do terreno em que estava a borboleta acima (vista dorsal):




 


Referência para identificação da espécie:




Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG).

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Borboleta amarela



Eurema sp.

Phoebis philea

Phoebis philea


Eurema albula (?)

Eurema elathea

Eurema deva

 

Eurema deva

Eurema (?)


Melete lycimnia









Fotografia: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG)

Teia de aranha



Fotografei essa teia ontem. Não vi a aranha.



Fotografia: Cláudia Pinheiro Camargos

Borboleta Anartia amathea roeselia



Borboleta da família Nymphalidae, típica de locais úmidos (perto de rios e brejos).









Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG).

A morte da abelha




Ontem, novamente, fotografei uma abelha morrendo agarrada em um galho dessa planta de flores roxas e frutos alaranjados, que os insetos daqui tanto apreciam.






Digo que esse fato se deu "novamente", porque em 2010, descobri, em algumas ocasiões, abelhas grudadas em um galho já mortas ou moribundas, contorcendo-se lentamente, já sem qualquer vitalidade. 

Na maioria das vezes, não fotografei o fato pelo impacto e o mal-estar que me causou. Mas, ainda naquele ano, depois, resolvi registrar o que via e escrevi um texto.

A abelha de ontem trouxe-me de volta ao meu texto, que compartilho agora:


O último beijo...

Meses atrás, enquanto fotografava, encontrei uma abelha inerte no ato de sugar uma flor. Aproximei-me o suficiente para perceber que ela estava morta.
A primeira vez que vi uma abelha assim causou-me impacto. Não fotografei. Afinal, o meu prazer é fotografar a vida e, no caso dos insetos, a vida passa por um lampejo para nós, humanos, com certeza, num ato bem mais receptivo por nós, que a nossa própria existência frente à grandiosidade do universo.
A tranquilidade da abelha morta me surpreendeu. Ela não simplesmente caiu ao chão, após um último voo.... ela morreu num beijo... o último beijo... um beijo de adeus.
Depois dessa, vi outras abelhas mortas, agarradas ou em uma flor ou em uma folha, sempre, com aquele aspecto de um corpo abandonado, após cumprir sua missão, num último abraço à beleza da vida...
Fotografei uma abelha, que, morosamente, deliciava-se numa flor. Ela estava viva, mas de uma forma estranha, não voava como as outras. Delicadamente, deleitava-se sobre a flor... por vezes, parecia dormir... aí, novamente, acariciava a flor, como quem usufruía de um mágico momento, talvez o derradeiro da vida.






Não fiquei para ver o desfecho do ato... não a vi voar... não a vi morrer... Como minha própria poesia, após as lentes de minha câmera sorveram àquela luz, eu a deixei na grandiosidade de sua vida...




Hoje, mais uma vez, encontrei uma abelha, agarrada a uma folha. A primeira sensação foi de choque. Definitivamente, não lido bem com coisas mortas. Depois, voltei procurando-a entre a folhagem, decidida a clicar, como instante mágico, não somente a vida, mas a beleza de como a vida pode se encerrar.
Era como se a abelha soubesse que aquele seria seu último beijo...  




Cláudia Pinheiro Camargos

Barbicornis sp









Seu corpo, também, é negro e o formato de suas asas inferiores é pontudo. Uma prima minha, Antonieta, comparou-a a um morcego. Essa denominação, ao meu ver, realmente foi bem apropriada: durante o momento em que acompanhei a borboleta para fotografá-la, por várias vezes, ela ficou pousada de cabeça para baixo. 







Parecia que ela estava tão curiosa comigo, quanto eu com ela. Pousou em vários lugares ao meu redor, dando-me a oportunidade de fotografá-la em locais bem diferentes. A "folgada" ficou tão à vontade,  que não teve o menor receio em pousar nas costas da Raica, que assistia à sessão de fotografia, bem relaxada, perto do capinzal. 





Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos

Borboleta Hemiargus hanno

Espécie: Hemiargus hanno (Stoll, 1790)
Família: Lycaenidade
Sufamília: Polyommatinae



 




 












 

Referência para identificação da espécie:


Fotografias: Cláudia Pinheiro Camargos (Sarzedo, MG)